segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Realmente crescendo?


A produção de cerveja no Brasil alcançou no ano passado a marca recorde de 12,6 bilhões de litros, um crescimento de 18% em relação a 2009, mais do que o dobro do PIB.
Com esse resultado, o Brasil se tornou no ano passado o terceiro maior mercado de cerveja do mundo, atrás apenas da China, com uma produção na faixa de 40 bilhões de litros, e Estados Unidos, com 35 bilhões de litros.
Num ano só, o Brasil deixou para trás gigantes como Rússia e Alemanha.
Os números são do Sindicerv (Sindicato Nacional de Cerveja) e devem ser divulgados nos próximos dias.
Segundo Gilmar Viana, presidente do Sindicerv, esse resultado se deve a três fatores. Em primeiro lugar, ao crescimento da renda, depois à estabilidade dos preços, e, em terceiro, ao clima favorável no país ao consumo de cerveja.
Texto de Guilherme Barros.
Salta aos olhos saber que o Brasil é o terceiro maior mercado de cervejas do mundo. Mas isto é realmente relevante?
Triste saber que esta produção é muito mais voltada para a quantidade de consumo do que a qualidade e variedade, prova disso é apontar o clima como fator determinante. Existem cervejas para todos os tipos de clima. No Brasil, infelizmente, cerveja ainda só é vista como a velha loira estupidamente gelada tomada aos montes em um dia de sol na praia, isto faz com que o mercado brasileiro seja extremamente limitado. Não se enganem, eu vejo muita beleza em tomar uma gelada na praia com os amigos, adoro estes momentos  e sem dúvida tem a sua parte de importância dentro da cultura cervejeira, mas não pode ser só isso. Afinal, a cerveja é uma bebida que acompanha o homem desde os tempos anteriores a Cristo (4.000 a.C para ser mais preciso), o valor cultural dela é muito maior e abrangente. Um exemplo simples: antigamente era mais confiável consumir cerveja do que água, visto que a chance de esta estar contaminada era maior, pois não havia tratamento adequado, ao passo que a cerveja, devido aos ingredientes usados, a química que ocorre entre eles e às fases da produção, eliminava quaisquer chances de contaminação.

Existe outra parte que interfere diretamente neste assunto, a dificuldade das mircro cervejarias em conseguir autorização do governo para comercializar seus produtos. A burocracia por trás de tudo é algo temeroso e extremamente contraditorio. Mas isto é assunto para outro dia.
Cabe a nós consumidores ampliarmos nosso conhecimento sobre esta vasta cultura, para que os grandes produtores do Brasil percebam o interesse e comecem a produzir outros estilos de cerveja, quem sabe no futuro, tenhamos um mercado mais variado, qualitativo e realmente relevante.

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