quinta-feira, 5 de maio de 2011

Missão cervejeira norte-americana no Brasil.

Ocorreu nesta semana em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma verdadeira invasão de cervejas norte-americanas, promovida pela Importadora Tarantino e pela Brewers Association.
A Brewers Association é maior organização de cerveja nos Estados Unidos. Ela conta com mais de 1000 cervejarias e 19000 cervejeiros caseiros. O objetivo deles é proteger e promover as cervejarias pequenas e independentes e a comunidade de entusiastas da cerveja.

Em São Paulo a missão aconteceu em três dias, em quatro lugares diferentes. Faculdade Anhembi-Morumbi, Empório Alto dos Pinheiros, Frangó e na Associação Brasileira de Sommelier. O evento era apenas para convidados, e fiquei muito feliz ao saber que poderia participar da noite cervejeira que aconteceria no EAP.
O evento foi sensacional. No local se encontravam jornalistas, blogueiros e empresários do ramo cervejeiro. Dezesseis cervejarias mandaram seus rótulos para degustação. Esta contou com mais de vinte cervejas. A noite começou com um comentário rápido do diretor da Brewers Association, Bob Pease, seguiu com Gilberto Tarantino e depois a Sommelier de Cervejas Cilene Saorin fechou a mini-palestra.

Todos ressaltaram o orgulho de receber a associação americana no Brasil. Cilene abordou um tema interessante, focado no crescimento econômico que envolve o Brasil no momento e o maior poder de aquisição que isto fornece para os consumidores. Fatores que chamam a atenção mundial e coloca o Brasil como um mercado a ser explorado. Segundo Cilene, há dez anos, quando se falava em cerveja nos Estados Unidos, o Brasil era motivo de deboche e era impensável ocorrer algo desse tipo por aqui. Falou também sobre a disponibilidade maior de rótulos que vem aparecendo e o poder de escolha que isto possibilita. Uma frase dela que me chamou a atenção foi: “Se tenho dez reais no bolso, vou gastar em dez cervejas ruins, ou em uma de qualidade?”
Sobre a degustação:

Diferentemente do que a maioria esperava, até pelo costume gerado pelas primeiras norte-americanas que pousaram por aqui, as cervejas degustadas não contavam com aquele caráter intenso e extremo. Com exceção de um ou outro, a maioria abordava estilos mais ácidos e efervescentes, com menos lúpulo. Um show a parte para mim, foi alguns designs de rótulos que apareceram, feitos com muito bom gosto. Rolou Pale Ales, IPAs, Scotch Ales, Sour Ales, Stouts e outros estilos, além de coisas inusitadas, como uma cerveja que leva açaí na receita. Os destaques para mim foram a Lagunitas Pils, Jolly Pumpkin La Roja, Dogfish Head Midas Touch, Oregon Pale Ale Caldera e Odell IPA.

Jolly Pumpkin Oro de Calabaza


Moylan´s Kilt Lifter


Cheers!
A frase de hoje é de Benjamin Franklin, grande patriota Americano:
“A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes.”
A noite foi de muito aprendizado e alegria, sentíamos no ar que estávamos fazendo parte de algo e que o futuro pode ser promissor para o Brasil Cervejeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário