quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cervejaria Brooklyn


Encerrando com chave de ouro as andanças por Nova York! Brooklyn Brewery em todo seu esplendor!
Enfim chegou o dia. Esta visita era o momento que imaginávamos ser o clímax da viagem. E assim foi. Foi um verdadeiro épico na minha vida, tamanhas frustrações que passamos devido ao funcionamento do metrô nova iorquino.
No início, éramos quatro cavaleiros. Na brooklyn, apenas dois chegaram.
O dia começou muito bem com uma visita ao Central Park e ao seu mini zoológico, onde encontramos um urso polar muito bacana.

Williansburg...

...Brooklyn
Saindo de lá, fomos para o hotel e pegamos um mapa do metrô com o concierge. Precisávamos traçar uma rota para chegar a Williansburg, Brooklyn. Seria a primeira vez que eu embarcaria no metrô americano. Enquanto estudávamos, tivemos tempo de apreciar uma Stone Arrogant Bastard Ale, só para entrar no clima.
Stone!
Sem mais delongas fomos para o metro, com a rota toda planejada não seria difícil chegar à cervejaria. Eis que n a primeira baldeação, descobrimos que muitas linhas do metrô dos yankees, nos finais de semana, são interditadas para reforma. Pois bem, a minha linha chave era uma delas. Aí começou todo o problema, como voltar agora? Saímos da estação, estávamos no village. Pegamos um táxi. O motorista oriental nos enganou e nos largou no meio do nada, começamos a ficar preocupados com o horário, pois sabíamos que tour na Brooklyn tinha horário certo, perguntei aos americanos como faríamos para chegarmos à estação de metrô mais próxima que nos levasse até a williansburg. Com a indicação fomos até o local e tivemos mesmo problema. Linha fechada para reparos. Dois dos cavaleiros desistiram nesse momento e tentaram convencer os outros a abandonar o plano. Estavam com fome. Traçamos uma rota de volta para o hotel e embarcamos junto, pois começava a entender o funcionamento daquela grande teia de aranha subterrânea. A trupe foi dividida, eu já estava com o traçado na cabeça, agora não tinha como dar errado. Mas deu, mais uma linha interditada. Meu companheiro restante tentou forçar nossa desistência. Disse a ele: Pode abandonar o barco, irei sozinho. Perseverança. Estava decidido. Nem que fosse a pé, eu chegaria à cervejaria. Decidiu me acompanhar.
Eis que no nosso caminho aparece o irmão do Garrett Oliver, que sabia décor tudo o que se passava em todas as linhas de metrô naquela sábado. Traçou uma rota no meu mapa. Confiamos e finalmente deu certo. Chegamos ao objetivo inicial.
Após uma breve caminhada avistamos uma fila pequena e então vimos o famoso emblema, que jamais esquecerei. Abri um sorriso. Abracei meu companheiro. Estávamos lá. Analisando friamente o mapa depois, descobrimos que na realidade, se soubéssemos das reformas, com a rota traçado pelo irmão do Garret, levaríamos apenas vinte minutos para chegar no local.

Perguntamos para os confrades na fila, e o Senhor e Deus cervejeiro seja louvado por isso, pois nos informaram que ainda havia o último horário de visitação. Encontramos gaúchos na fila, homebrewers, que já haviam estado lá ano passado. Eles nos explicaram como tudo funcionava.
Entramos e compramos seis tolkiens, que podíamos trocar por chopes. O ambiente era uma verdadeira festa. Podíamos deixar nossos copos em qualquer lugar, e pedir comida de fora. Motoboys não param de chegar e colocar pizzas sobre as mesas. Uma bagunça deliciosa. Muita conversação.
Fomos beber e finalmente a festa começou para nós!

Agora Vai!
Eu fui logo de Blast IPA, meu parceiro foi na nossa conhecida Brooklyn Lager. Ao darmos o primeiro gole na cerveja, olhamos um pro outro e pensamos: Tudo valeu à pena.




Blast IPA!
A Blast é uma Imperial IPA espetacular, com certeza a melhor que já tomei na vida. Não é engarrafada ainda. Ela me acompanhou durante o tour, que se você não ficar ligado lá dentro acaba perdendo. O segurança passa alertando que está pra começar a visitação, e tem um número limite de pessoas que pode entrar, então temos que correr para a grade e esperar um pouco.
A visitação é muito descontraída e engraçada. Explica-se todo o processo para fabricação de cerveja e como as coisas funcionam especificamente na brooklyn, além de como a cervejaria foi fundada, da onde veio o logo e outras coisas. É bem rápida e entremeada com piadas e gozações, tudo bem descontraído. Após algumas fotos, eu resolvi perguntar algo ao jovem mestre-cervejeiro professor. Se eles tinham pretensão de engarrafar a BLAST, que durante a “palestra” ele confessou ser sua preferida também. A resposta foi que sim, mas que não será muito breve.
A Blast IPA tem uma cor puxada pro vermelho, extremamente aromática, refresca até no aroma. Tem um sabor também adocicado fazendo um contraponto, espetacular. Sua espuma persiste bem. E o álcool passa despercebido. Ela é perigosa. Drinkability altíssimo!
Voltamos ao beer saloon, dessa vez escolhi a The Concoction, outra que não é engarrafada. Meu parceiro foi de Pilsner.

The Concoction!
Enquanto degustávamos nossos chopes, fomos conhecendo o pessoal que visitava freqüentemente a cervejaria, um rapaz estava com um Bulldog lá dentro. O nome do cachorro era Sam, ele era um barato. Não parava de comer. É comum encontrar animais de estimação lá dentro, muito bacana, um ambiente bem familiar.

Sam
Ficamos por ali um tempo quando, de repente, um gato maravilhoso apareceu e intimidou o comilão Sam. O dono de Sam disse que aquele gato morava na cervejaria e era o ser mais importante lá dentro. Pelo que entendi, é função dele inspecionar a qualidade dos insumos utilizados, claro que não passava de uma brincadeira. O gato não gostava do Sam. O nome do bichano é Monster. E a cerveja Monster Ale, uma senhora Barley Wine, foi batizada em sua homenagem.

Monster!

Por três tolkiens pegamos uma taça de Sorachi Ace, uma Saison da Brooklyn. Dividimos e eu ganhei a tulipa da Brooklyn. Trata-se de uma breja dourada com um lindo creme. Bem cítrica, com muito limão e com predomínio do lúpulo no seu caráter, mas com o malte fazendo um bom balanço, o final é bem seco. Diliça!

Sorachi Ace.
Mais conversas, recebemos outras indicações de bons lugares, nosso estomago roncava, eram quase 20h00min e nem havíamos almoçado. Resolvemos chamar a saideira. Eu fui de Summer Ale, e o grande Áureão (meu pai. Claro que só ele não me abandonaria na zona toda) nada besta e muito merecedor, tomou uma Blast IPA.
A Summer Ale, como o próprio nome já diz trata-se de uma sazonal. Cárater bem maltado, adocicado e bready, leve, refrescante e com excelente drinkability, os lúpulos também aparecem e conferem um leve amargor. Caiu como uma luva.

Primo do Garrett...
Na saída, comprei o livro The Brewmaster´s Table do Garrett Oliver, alguns broches e ganhei uma camisa do Daddy!
Fomos bebendo nossos chopecos em direção ao Fette Sau, lugar especializado em carne de porco que ficava ali perto, que o amigo André Cancegliero, da cervejaria Urbana, havia-me indicado. Lugar muito bacana também e que vocês já conhecem.
 A noite estava linda.
Jamais esquecerei esse dia. Choro até de lembrar.

Cheers!

3 comentários:

  1. Belíssimo post meu brother!

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  2. Grande João. Que experiência fantástica. Espero ter o prazer de tê-la um dia também. Parabéns pelo post. Um grande abraço.

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  3. Foda!!!!! um dos melhores posts que já vi por aqui!

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