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Crédito foto: All Beers |
No dia 10 de abril, quarta-feira, aconteceu a coletiva de
imprensa da micro Cervejaria Karavelle de Indaiatuba, São Paulo. Seu Jorge,
Dinho Diniz e Otávio Veiga, os sócios e representantes da cervejaria receberam
os jornalistas em uma bela casa situada no Bairro Jardim América a fim de
responder perguntas sobre a proposta, novidades e planos futuros acerca da
Empresa.
A conversa foi bem descontraída. Abaixo cito os trechos que
mais interessam a nós, adoradores e apreciadores da boa cerveja.
Seu Jorge sobre os planos, conceito e futuro da Cervejaria
Karavelle: “Primeiramente conquistar o mercado interno, queremos levar as
cervejas para outros estados do país, exportação é algo que ainda não passa na
nossa cabeça. Hoje o Brasil conta com uma nova classe social que detém poder de
consumo, mas nosso objetivo é chegar num preço onde a cerveja fique acessível a
maior parte das classes sociais. Até o fim da década, teremos outro panorama a
respeito da cerveja especial/gourmet no país. Acho que todos merecem, assim
como eu faço, chegar do trabalho e poder jogar FIFA tomando cerveja Karavelle,
ou outra de qualidade, durante a noite toda. Hoje produzimos 100 mil litros/mês
de cerveja, queremos baratear a cerveja ampliando essa produção, mas para isso
precisamos de mercado e consumidor, queremos conquistá-los através do sabor da
nossa cerveja, pois é nisso que acreditamos. Estamos planejando fazer uma
cerveja especial para a Rádio 89, pois acreditamos que cerveja e Rock And Roll
andam juntos.”
Sócios chegando para coletiva. |
Otávio Veiga disse que o projeto teve dois anos de
planejamento. O Mestre-Cervejeiro responsável pelas brassagens tem 40 anos de
experiência na área e que os ingredientes utilizados são importados, com
exceção do malte.
Segundo Otávio, a Karavelle quer ajudar a difundir a cultura
da boa cerveja e crescer junto com todos. Um interessante projeto em andamento
é a construção de um Brewpub na Al.Lorena em São Paulo, que vai contar com
receitas sazonais, cursos sobre cerveja, pratos harmonizados e também muita
música.
Na ocasião, tive a oportunidade de provar todas as cervejas.
Minhas prediletas foram a Red Ale,a única realmente dentro do estilo. O que percebi foi que em todas as cervejas, estavam presentes os aromas
e sabores típicos dos estilos, mas com um nível de amargor (baixo) praticamente
igual em todas, com exceção da IPA onde é mais pronunciado, mas ainda baixo pro
estilo. Concluí que isso é uma tática para tentar conquistar o paladar do
brasileiro sem assustar muito, e assim mostrar que existem outros tipos de
cerveja. Quando questionei o Otávio a
respeito disso, ele confirmou, e enfatizou que não se envergonha disso, pois é
uma questão de tentar mudar aos poucos um paladar que está muito habituado a
uma cerveja com amargor nulo.
Keller. |
India Pale Ale. |
Barba Negra Schwarzbier. |
A proposta da Karavelle é
interessante, principalmente no que diz respeito a questão de construir mais um Brewpub numa cidade carente
desse tipo de estabelecimento. A Karavelle pode funcionar como um “trampolim” ao consumidor leigo e desempenhar um
belo papel na divulgação da cultura dependendo de quanto ela vir a custar. Às
vezes o consumidor pode conhecer e se interessar por outros tipos de cerveja com a Karavelle, despertar a curiosidade e abrir a cabeça para esse mundo maravilhoso da cerveja.
É esperar pra ver.
De qualquer maneira,
agradeço muito o convite da Cervejaria Karavelle para participar da coletiva, e
muito me assustou não haver outro parceiro responsável por algum blog de
cerveja presente.
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