Este local é uma residência que tem o seu fundo transformado em restaurante, abriga muitas tradições espanholas, começando pelo seu cardápio, que aborda a tradicional paella (segundo a Chef, pronuncia-se paeia), a sangria e até sobremesas típicas, a música ambiente e também as sextas e sábados, somos agraciados com um espetáculo espanhol, na maioria das vezes um grupo de flamenco se apresenta.
A casa te oferece à chance de acompanhar o preparo da paella desde o seu inicio, e podemos ir tirando dúvidas com a Chef Pílar Gutierrez, filha de espanhóis, ela é especialista neste prato e muito tranquilamente, o prepara na frente de todos os comensais. A sensação é de que todos se conhecem, uma grande família, afinal, todos comerão da mesma panela. O ato de servir cabe a própria Pilar e uma ajudante, isso, em minha opinião, se dá para não ocorrer de algum participante ficar sem algum dos frutos do mar mais cobiçados, como o lagostin ou o camarão rosa. Pode-se repetir o prato inúmeras vezes.
Chef Gutierrez e as Paellas. |
Entrada/Couvert |
Ao chegar, vemos logo que não é um restaurante feito para abrigar muitas pessoas, são poucas meses, e de sextas e sábados é válido e recomendado fazer uma reserva. O recepcionista nos leva até a mesa reservada e logo nos trás uma entradinha, que consiste em azeitonas pretas, frutos do mar como mexilhão e camarão, uma batatinha com ovo, embutidos e pãezinhos.
Paella é um prato espanhol, que tem muitas variações pela Espanha. A mais famosa segundo a Pilar é a Vallenciana. A essência da paella consiste em arroz parboilizado, precisa ser este, pois o outro não agüenta o tempo de cozimento, frutos do mar diversos, como mexilhões, camarões, lulas, lagostins e açafrão, que é a especiaria mais cara do mundo, e deve ser preparada em uma paelleira, uma panela confeccionada especialmente para este fim. Ainda podem ir, legumes e outras carnes, já vi com frango e lingüiças, por exemplo. Não sou um grande conhecedor desta iguaria, mas gostei bastante, o arroz fica com um aspecto bem adocicado, em diferente de qualquer outro arroz que se vê por aí, isto confere muita identidade e regionalidade ao prato. Para harmonizar com a paella e entrar no clima de vez, fui de sangria, que confesso não me agradou tanto, com raríssimas exceções, sempre que posto sobre um lugar que visitei e não comento sobre cervejas, deve-se ao fato de o lugar não oferecer uma cerveja que me agrade, ou ter uma carta muito restrita.
Então, comemos, e comemos, até à hora do show.
Paella e Sangria |
Quando o espetáculo começa, a paella é retirada, mas se ainda não estiver satisfeito, basta pedir pro garçom que ele te servirá mais, diretamente da cozinha.
Uma noite para se guardar, uma noite na Espanha, mas em terra brasilis, e que graças a Deus faltou um evento para ser espanholada de vez: A Torada. Esta eu dispenso.
http://www.paellaspepe.com.br/
Salve João.
ResponderExcluirQue excelente jantar não?
Uma pilsen bem geladinha iria coroar a noite.
Parabéns pelo bom gosto.
Um abraço e muitas excelentes cervejas.
Então Monich, o problema é encontrar essa pilsen bem geladinha!
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