Eu amo carnes. Essa é a verdade. Seja de qual tipo for, elas
tem um lugar reservado no meu coração. E esse é o motivo que me faz pesquisar
tanto a respeito desse assunto.
Hoje vou passar algumas dicas que considero importantes para
ter um bom resultado ao assar uma carne, independente de qual fonte de calor.
Lembre-se que não existem verdades absolutas, essas dicas funcionam para mim,
então vou apenas compartilhar.
1.
Saiba com qual tipo de carne você está lidando,
existem basicamente duas: As ricas em tecidos conjuntivo, que precisam de uma
cocção bem lenta e demorada para eles se quebrarem (costela bovina) e as pobres
nesse tecido, que geralmente adaptam-se melhor a métodos de cocção rápidos
(filé Mignon, peito de frango). (Tem pessoas que classificam como carnes de
músculo de contração rápida e de contração lenta, mas acho mais complicado
pensar assim).
2.
Sempre questione o tempo de cozimento e a
temperatura indicada em uma receita. O ideal mesmo é você saber ver o ponto
correto da carne. Para as carnes de cocção rápida geralmente eu faço uso de um
termômetro culinário, e retiro a carne quando atinge a temperatura interna
ótima. Já para as de cocção lenta eu insiro um garfo e torço, este deve virar
facilmente, o que indica que todo aquele tecido conjuntivo foi quebrado.
Basicamente, quanto maior a temperatura, mais rápido essa quebra ocorrerá,
porém altas temperaturas ressecam a carne já que o líquido presente evapora
mais.
3.
É uma questão tempo x temperatura. Uma peça de
carne de 3 kg, por exemplo, ficará fantástica tanto se assada por 3 horas a 190
graus como por 8 horas a 120 graus. Mas no segundo caso você terá mais
suculência, pois menos líquido terá sido perdido. É uma questão de fazer o que
funciona para você. Enfatizo, o mais importante é saber checar o ponto.
4.
Uma coisa que gosto de fazer para peças grandes
de carne é aplicar marinadas apenas com ingredientes secos sempre colocando o
sal junto. O sal expande as células da carne, tornando-a maior e fazendo-a absorver melhor os outros temperos e também mais umidade (mais
suculência).
5.
Prefiro assar a carne em uma grade sobre uma
assadeira ou em uma assadeira com bordas baixas, assim o calor do forno
circular melhor por ela. Sempre é possível adicionar aromáticos como cebola,
cenoura, alho, ervas e especiarias para cozer junto. No final eles ajudam a obter um belo molho.
Muitas outras coisas podem ser adicionadas, mas acho que
essas são as mais importantes. São esses detalhes que eu mais atento hoje em dia.
Para executa-los bem você precisa de duas coisas: Ingrediente de excelente
qualidade e planejamento, mas na verdade isso aplica-se a qualquer preparo da
cozinha.
Lembre-se sempre. Receitas são registros, assim como
partituras musicais. Interprete-as.
Para quem ficou curioso à carne da foto que abre o post é uma paleta de
leitão assada por 5 horas a 150 graus. O tempo que fiquei no clube e voltei.
Ela tinha pouco mais de dois kg e a marinei por 60 horas. Inspirou comentários
como: “Melhor carne de porco que comi”. E ainda virou um excelente sanduba para
o correr da semana.
Já a da foto abaixo é um Beef Wellington, uma assado
clássico inglês de Filé Mignon que mostra o outro lado. Fica apenas 25 minutos
no forno a 200 graus. Adoro fazer esse prato pelas etapas que ele requer e pelo
efeito que causa nas pessoas ao ser cortado.
Beef Wellington? Pale Ale/ Bitters Inglesas.
Porco? Bock.
Metralhem suas dúvidas nos comentários!
Abraços
Acho que ficou apenas faltando a receita do Beef Wellington no post.
ResponderExcluirOlá Pedro, tudo bem?
ResponderExcluirRealmente eu não coloquei a receita, as fotos foram apenas para exemplificar. Mas num post futuro posso colocar, se você quiser posso te enviar também. Mas já aviso que a execução é bem complicadinha.
abraços
Reavivando o post. Uma dúvida, você envolve a assadeira com papel alumínio para as carnes de cozimento lento e depois retira no final para dourar? Vou fazer um pedaço de pernil de porco para o ano novo. Obrigado
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