Essa é a primeira vez que um prato da região norte do país
da às caras na série “harmonizações nacionais”. O motivo é puramente logístico,
dificilmente encontramos ingredientes amazônicos em boas condições na cidade de
São Paulo.
Assim, pratos com tucupi ou jambú por exemplo, podem ser
feitos, mas não chegam nem perto da qualidade encontrada no norte.
Entretanto, era essencial ter pelo menos um representante,
pois é nessa região que pode estar a maior força do Brasil quando estamos
falando de uma gastronomia própria. Isso ocorre em função do terroir amazônico e dos seus
ingredientes únicos e dela ser a cozinha que mais preserva as técnicas dos
indígenas, pois recebeu muito pouca influência dos imigrantes.
Nas palavras de Alex Atala: “A biodiversidade amazônica é tida como a sua maior riqueza. É dessa diversidade de fauna e flora, oferecida pelo terroir amazônico e ainda bastante desconhecida do mundo gourmet, que decorre um de seus grandes valores – o valor gastronômico.O valor gastronômico é uma força conservacionista. A gastronomia será mais um elemento na defesa da integridade do local. A domesticação do cupuaçu é um grande exemplo disso. A Amazônia possui a maior concentração de animais e plantas do planeta.”
Nas palavras de Alex Atala: “A biodiversidade amazônica é tida como a sua maior riqueza. É dessa diversidade de fauna e flora, oferecida pelo terroir amazônico e ainda bastante desconhecida do mundo gourmet, que decorre um de seus grandes valores – o valor gastronômico.O valor gastronômico é uma força conservacionista. A gastronomia será mais um elemento na defesa da integridade do local. A domesticação do cupuaçu é um grande exemplo disso. A Amazônia possui a maior concentração de animais e plantas do planeta.”
O Tambaqui, peixe dos rios amazônicos, é um dos mais
utilizados e com uma peculiaridade, suas espinhas lembram muito uma costela.
Esse prato é feito na brasa, é muito simples e uma delícia.
Para harmonizar escolhi uma cerveja da Falke Bier,
tradicional microcervejaria mineira comandada por Marco Falcone. A Vila Rica é
uma dry stout, cerveja escura, mas leve e de baixo teor alcoólico. Perfeita
para acompanhar pratos mais leves e com preparação simples.
Costela de Tambaqui Na Brasa.
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Uma costela de tambaqui cortada entre os “ossos”
(provavelmente só encontrará congelada)
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Sal
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Pimenta do reino moída na hora
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Algumas gotas de vinagre
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4 ramos de hortelã
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Azeite q.b
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Suco de 1 limão
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Meio tomate cortado em cubos pequenos
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Meia Cebola bem picadinha
Lave muito bem as costelinhas.
Seque bem. Tempere com o sal e a pimenta e algumas gotas de vinagre em cima de
cada uma. Leve a brasa, mais ou menos 15 cm de distância e asse por mais ou
menos 25 minutos, virando sempre. Enquanto isso prepare uma salsa de hortelã.
Num liquidificador bata as folhas de hortelã com o azeite até obter um líquido
mais viscoso, para isso vá adicionando azeite aos poucos e checando a
consistência. Misture o suco do limão, o tomate e a cebola. Adicione o azeite e
mexa bem. Acerte os temperos. Sirva por cima do tambaqui.
Esse peixe é
sensacional. Eu gosto de comer assim: A barriga dele tem uma gordura que fica
separada. Tire essa gordura e esprema por cima da carne. É uma explosão de
sabor. A cerveja realça muito o sabor da caramelização e traz o gosto da carne
a tona.
Saúde!
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