Hoje abordarei um tópico que considero de extrema importância para o cotidiano do consumidor de cervejas. Saber executar uma boa síntese das informações contidas no rótulo de um produto, neste caso, as cervejas. Esta já é uma prática comum nos apreciadores de vinhos e deve ser também incorporada pelos cervejeiros.
O primeiro ponto que chama a nossa atenção em um rótulo é o seu design gráfico, geralmente é com ele que os produtores se preocupam mais, por todo seu apelo visual e poder de marketing, buscando causar um impacto maior no público. Todavia, do nosso lado, é o ponto de menor preocupação, o que nos importa são as outras informações, as que dizem respeito ao que está dentro do recipiente. Estas geralmente escritas numa fonte pequena, como se não fossem requisitadas. As mais importantes são: Estilo, ingredientes, temperatura de consumo e fermentação.
O estilo geralmente aparece na parte frontal do rótulo e é mais destacado que os outros itens citados.
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Exemplos de estilos. |
São através do conhecimento deste que o consumidor sabe o que pode encontrar naquelas cervejas, ao menos as qualidades intrínsecas que deveriam estar presentes. Aroma, coloração, paladar e outros fatores são componentes que devem ser levados em conta pelos produtores para incluírem sua cerveja em determinado estilo, logo o degustador pode reclamá-los quando está bebendo. Exemplos de estilos são: Pilsen, Bock, Weizen, Schwarzbier, etc...
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Exemplo completo de cerveja feita sob a Lei. |
Os ingredientes são o item mais importante, e para discorrer sobre eles, terei de citar a Lei de Pureza da Cerveja, instituída pelo Duque Guilherme IV da Baviera em 23 de abril de 1516: a Reinheitsgebot. Esta proclamava que a cerveja “pura” deveria conter apenas: Água, malte e lúpulo inicialmente, depois entrou també o levedo ou fermento . Os mestres-cervejeiros alemães até hoje seguem esta lei estritamente, não há cerveja proveniente de lá que contenha mais ou menos ingredientes.
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A Colorado é um exemplo da utilização de ingredientes naturais, como café, rapadura, mel e mandioca. |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBZWNX27DM3ukJoaOMptmxEIFaLs_k3ZDH_LzPYQGCTrHpkz-LjGe842RmBGSuGh_5Gnsr9oEmyMDz2QagAYZABeFQHMACM8gb11vOKkJGqIISAIXzvVTQ7QpYRWwwm7tgcnTwEp-OiyF4/s320/Temp+de+Consumo+5.jpg)
A fermentação nem sempre vem designada nos rótulos, quando encontramos temos: Baixa fermentação ou alta fermentação.
A baixa fermentação nos remete a cervejas da “família” lager, enquanto as de alta fermentação, às Ale.
São estas as duas grandes famílias do mundo cervejeiro(porém não as únicas), e nelas se filiam os diversos estilos que compõe a extensa beleza desse mundo. É mais ou menos como na biologia: temos o Reino Animal, o Vegetal e outros, do Animal saem os filos Anfíbios e Mamíferos e do Vegetal as Gimnospermas e Angiospermas. É como se Lager e Ale fossem os Reinos e os estilos os filos, que ainda terão mais sub-divisões.
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Cerveja é bom acompanhamento para doces também! |
na verdade queria dizer que este foi um belo post, tinha clicado no errado.
ResponderExcluirMuito obrigado Vodovoz!
ResponderExcluirOlha João, um post super didático
ResponderExcluirmuito bom,
parabéns
abração
Excelentes orientações João.
ResponderExcluirÉ isso aí. Parabéns.
Muito Bom esse post.. sempre tive essas duvidas... vejo que voce entende do que fala, graças a ti.. poderei apreciar e conhecer melhor o nectar dourado dos Deuses que tanto amo.
ResponderExcluirAbraços